A Pequena Sereia Valente

Hoje vou-vos contar a história de uma amiga, que vive comigo no fundo do mar…. Ela é a sereia Lis.

Lis saía todas as noites a percorrer as zonas dos corais marinhos.

Ela adorava cantar para todos os seres do mar e sentia-se feliz ao ver como as algas, corais e camarões dançavam enquanto a escutavam. Cada noite, antes de sair apanhava o cabelo com a sua concha mais bonita e ia entusiasmada pensando na sua canção para essa noite.

As algas do mar presenteavam-na, dando-lhe pequenas algas de cores com as que construía bonitos acessórios que ela usava ou dava como alimento a alguns dos peixes que viviam com ela. A sereia Lis vivia feliz e tranquila no fundo do mar, até que um certo dia tudo mudou.

Uma noite, a sereia Lis, saiu como habitualmente, mas veio uma tempestade muito forte, e numa dessas correntes Lis foi apanhada, e rodopiou para o meio da corrente turbulenta, tão mas tão rápido que perdeu a noção do tempo e do espaço. A água arrastou-a para outras águas desconhecidas, onde não conhecia ninguém e tudo era diferente…. Lis estava perdida, longe do seu lugar. Estava muito assustada, mas lembrou-se que sua irmã dizia-lhe sempre, que se algum dia se perdesse que seguisse a luz do seu coração, que a transformava numa sereia forte e valente, e com a sua luz, estaria sempre acompanhada e encontraria o caminho de volta a casa. Ela tranquilizou-se com esses pensamentos e recordou que as algas dos oceanos têm cores diferentes, segundo a zona do mar. As águas em que estava, tinha algas douradas e prateadas, tantas tantas, que nunca havia visto nada igual, a questão era: agora para onde teria que nadar?

Caiu a noite e Lis sentiu-se triste e perdida, assim que decidiu cantar e para sua surpresa, chegaram-se a ela muitos peixes multicores e uma tartaruga rosa; que lhe fizeram sorrir enquanto não paravam de dançar à sua volta.

Quando acabou a canção, perguntaram-lhe o que estava fazendo ali. Lis contou-lhes a sua história e explicou-lhes, que vivia num lugar mágico, onde cada um tinha as suas tarefas e as algas e os corais eram multicores e brilhantes. Ela cantava-lhes para fazê-los felizes. A tartaruga Estrela disse-lhe:

- Pequena Sereia, tu és muito valente. Eu conheço o lugar onde vives porque levo viajado por todos os mares, por isso vou dizer-te como podes voltar a casa, mas lembra-te, passarás por lugares muito frios, onde não conheces ninguém, por isso, deves concentrar-te na luz do teu coração para que não tenhas medo durante a tua viagem. Sê muito corajosa Lis!

Lis respirou fundo, e agradeceu aos seus novos amigos, pelo carinho e apoio. E preparou-se para fazer a sua viagem.

O peixe Pirulim disse em voz alta:

- Lis eu nomeio-te a pequena sereia mais valente de todos os oceanos; - e sorriram todos.

A tartaruga Estrela respondeu:

- Lis lembra-te que a coragem está no teu coração. Não pares de nadar até que chegues a tua casa.

Todos se despediram e a pequena sereia, corajosa nadou velozmente até que escutou um som familiar. Era o caranguejo Pupi e as irmãs ostras tocando maracás.

- Bem! Já cheguei a casa! – Disse Lis, e nadou mais rápido.

No seu lugar todos a procuravam com preocupação, mas sentiram-se felizes por vê-la novamente e abraçaram-na com amor. Lis contou-lhes a sua aventura e desde esse dia ficou conhecida como Lis, A Pequena Sereia Valente.

O DOM DA ESPERANÇA!

Era uma vez, num lugar muito muito longe, num país chamado Noruega, que aconteceu algo muito especial…Na cidade do esquecimento, tudo era muito triste, as pessoas falavam muito pouco, as suas casas estavam pintadas de cinzento e sempre havia um silêncio que metia medo. O mais bonito da cidade eram os entardeceres, porque o céu pintava-se de cores. Os idosos diziam que eram os anjos do céu tentando que fossemos felizes. Mas numa noite de verão algo de incrível aconteceu. Estava muito calor e isso não é nada habitual e as estrelas estavam mais próximo. Aqui vivia uma família que ninguém gostava deles, porque eram diferentes e normalmente eram risonhos e amáveis. Na cidade do esquecimento isso não é habitual, mas, vou contar-vos um segredo: foram eles que mudaram o povo. Luísa esperava um filho e justo nessa noite especial e luminosa, nasceu uma menina que despertou o bairro com os seus choros. Os vizinhos saíram à rua para ver o que acontecia, mas encontraram uma surpresa no céu. Nessa noite vislumbravam-se cores verdes no céu e uma estrela fugaz com o verde mais bonito que jamais vi. O marido de Luísa, o Sr. Vasco, saiu à rua com a intenção de se desculpar por tanto ruído, mas ficou maravilhado vendo o céu e o único que conseguiu dizer em voz alta, sorrindo e com um brilho especial nos seus olhos foi:
-Amigos, nasceu a pequena Esperança.
Sim! Assim é, nessa noite nasceu alguém que nos mudou a vida: Esperança!
A verdade é que na cidade do esquecimento ninguém tinha esse nome, porque ninguém tinha esperança por nada. Sem nos dar-mos conta, o tempo foi passando, Esperança crescendo e muitas coisas mudaram na cidade graças a ela.
Esperança é uma menina muito faladora, divertida, alegre e ri-se sem parar. Tem muita iniciativa, e aproxima-se de todas as crianças mais tímidas, tristes e solitárias para convidá-las para brincar. Ela fazia algo que ninguém mais fazia na cidade! Cantar, cantar e cantar sempre que saía à rua. Não importava se estivesse bom ou mau tempo, inclusive não se importava que os outros olhassem para ela com má cara, porque ela seguia cantarolando e cantando canções que ninguém conhecia. Porque quase nunca se ouvia música na nossa cidade. As suas canções são alegres, vivas e muito esperançosas, como ela. Mas na realidade eu acho que também eram algo mágicas, porque com o tempo e as suas canções, os parques encheram-se de crianças felizes e sorridentes como ela. A cidade do esquecimento deixou de ser silenciosa! Porque as crianças faziam muito ruído a brincar no parque e a se divertirem! O resultado de tanta alegria foi que as árvores e jardins públicos da cidade voltaram a florescer. Na realidade, eu nunca os tinha visto tão verdes e com flores. Esse foi o primeiro ano que as crianças da cidade comeram maçãs duma grande árvore do parque onde brincávamos. Nunca tinha dado fruto.
Quando Esperança fez oito anos, ensinou-nos algo muito importante, que sempre guardarei no meu coração.

Ela começou de forma sorridente a ajudar as pessoas da cidade que mais necessitavam, em coisas pequenas mas tão boas que nos mudaram a todos. Ajuda os idosos, a levar as compras, a atravessar a rua, levava para a sua casa os animais feridos e procurava ajuda para que se curassem. Também é amável e saúda sempre com um sorriso as pessoas. Estas são algumas das coisas que Esperança faz diariamente, e que agora fazemos muitas outras crianças, porque sabemos que são boas e os adultos já não estão tão tristes. Esperança ensinou-nos a viver em liberdade e a crescer no dom da Esperança que está em todas as coisas, apenas é preciso crer nele, porque com ele, todos somos mais felizes.

A guerreira da luz Luana

Em todo o planeta existem inumeráveis guerreiros da luz, que se encarregam de que haja justiça no Universo e que todas as pessoas digam a verdade, porque somente através da verdade conseguimos ser felizes e fazer com que o nosso coração seja maior e se encha de sentimentos positivos. Em todas as regiões do mundo há guerreiros da luz com a energia das estrelas, que é firme e verdadeira como os corações dos guerreiros da luz. Todos têm qualidades únicas porque são sinceros, firmes com suas palavras e verdadeiros com as suas ações. São cuidadosos e não permitem que ninguém lhes minta, nem a eles nem aos outros. Cada guerreiro dá o melhor que tem no seu coração para cumprir suas funções. Suas virtudes convertem-nos em guerreiros inigualáveis. Apenas utilizam a força de seus corações. A guerreira mais nobre e sincera de todo o planeta chama-se Luana. No seu coração alberga a nobreza de um tigre, a firmeza das estrelas e a delicadeza duma flor. Ela tem a capacidade de unir todas estas qualidades para que sempre se diga a verdade. A guerreira Luana explica às crianças que mentir não é o correto e quando mentimos não só enganamos os outros como não estamos a ser verdadeiros com a energia das estrelas que guardamos no nosso coração. As crianças ouvem sempre com muita atenção a guerreira Luana e tentam aprender para ser tão nobres como ela. Conta-lhes que sempre que diz a verdade sente-se bem, porque sabe que fez o correto. Luana escreve poemas, que guarda nas estrelas, como gratidão por tudo o que elas lhes ensinam. Luana disse às crianças que é muito importante que aprendam a ser gratos, porque a nobreza e sinceridade são qualidades que as estrelas, flores e animais nos ajudam e ensinam a desenvolver, por isso, os guerreiros sempre agradecem. Nós anjos somos muito felizes, porque sabemos que na Terra há guerreiros da luz tão especiais como a guerreira Luana: com a nobreza e sinceridade das estrelas.

Cuidamos da água com amor.

Olá meninos!

Nós somos Marcos e Maria, irmãos gémeos que temos algo muito especial em comum: o amor pelo planeta Terra. Gostamos de cuidar dele e mimá-lo, porque sem ele não conseguiríamos viver!

A avó Matilde ama o Planeta Terra com todo o seu coração e tentou sempre, desde que éramos muito pequenos, ensinar-nos a conhecê-lo, amá-lo e respeitá-lo. Por isso, como hoje é o dia mundial da água, queremos deixar-vos alguns conselhos muito importantes para cuidar da água, porque não vos esqueceis que sem água, nada no planeta conseguiria sobreviver. Ah! Mas além do mais, existem muitas crianças no mundo que não têm a oportunidade de disfrutar do privilégio que é ter água potável como nós, já tinham pensado nisso? É um tesouro que muitas vezes desperdiçamos, não acham?

Claro que para evitar estas situações de poucos cuidados com a água, queremos deixar-vos uns conselhos que pomos em prática todos os dias e graças a eles, contribuímos com o planeta!

Sabeis qual é o melhor horário para regar as plantas interiores ou jardins? Ao final da tarde ou muito cedo pela manhã, quando os raios de sol ainda não aquecem com força. Assim, com pouca água é suficiente porque não se evapora. Por isso gastamos menos água e as plantas alimentam-se na sua totalidade dela.

É muito importante estarmos sempre atentos para que não haja nenhuma fuga de água em casa ou em alguma mangueira do jardim, isso seria muito mau!! Estaríamos perdendo muita água que seria útil para outras tarefas ou para outras crianças.

Em casa também há que ser cuidadosos. Por exemplo, quando lavamos a fruta ou legumes, não é necessário abrir muito a torneira para que saiam grandes quantidades de água, porque apenas precisamos dum pequeno jato para lavá-los e limpá-los, a restante água gasta-se desnecessariamente.

Do mesmo modo acontece com os pratos e outros utensílios que utilizamos para comer, porque não fechais a torneira enquanto ensaboais toda a louça? Enquanto ensaboais não precisais que a água se siga desperdiçando! Quando o façam, pensai que para outras crianças é necessária essa água para sobreviverem.

Crianças, é primordial que tomem um duche e não um banho de imersão, porque com toda a água que se desperdiça enchendo a banheira, outras crianças de países mais desfavorecidos, poderiam dar um duche, regar os cultivos ou inclusive utilizá-la para cozinhar alimentos muito bons. Ou enquanto vos ensaboais, fechai a torneira, porque nesse momento não é imprescindível a água, já que estais entretidos com o sabão. O mesmo acontece quando lavais os dentes, é melhor que usem um copo com água e não que enxugueis a boca diretamente da torneira porque o consumo de água é maior.

Alguns de vós estais a pensar, mas em que nos vai ajudar a nós e ao planeta, reduzir o consumo de água? Pois porque os seres humanos prejudicam e sujam as águas, com os sabões e outros resíduos que as grandes indústrias utilizam, isso faz com que muita água não seja potável e não se possa consumir como tal, por isso em muitos dos casos, organizações, associações e outras empresas, têm o cuidado de conscientizar-nos para cuidar da água e que não a destruamos, porque é essencial para a vida. Eles fazem todo o possível para que as águas voltem a ser potáveis e cheguem a todas as pessoas que a necessitam. É verdade que há muita água na Terra, mas toda ela é essencial e se todos cuidarmos dela, todos estaremos melhor.

Lembrai-vos sempre que a água é um tesouro, por isso temos que a manter saudável e potável, porque existem muitas crianças que não têm água potável para beber.

Cuidar da água é cuidar da saúde de todos os seres vivos!

Feliz dia Mundial da Água!

 O jardim dos girassóis piruleta.

Saltar, saltar e saltar! É o que mais gosto de fazer no mundo. Sou um pequeno duende do jardim dos Girassóis Piruleta chamo-me Pam. Sou a duende mais pequena de todo o jardim, por isso, quando nasci, o meu avô Purupam, ofereceu-me um saltitão, feito com raízes de plantas, flores e um assento de folhas de girassol para quando esteja cansada. Com o saltitão percorro todo o jardim muito rápido e nunca chego tarde. Como duende deste jardim, tenho uma missão muito importante, a de cuidar dos girassóis piruleta. Vereis, aqui apenas há girassóis dourados e amarelos, são gigantescos. Mas estes são especiais, porque os girassóis que conheceis, para além de decorarem os campos, dão-vos um fruto muito especial, as sementes. Estes girassóis têm o seu centro formado por piruletas de várias cores. O caramelo mais rico e saboroso de todo o mundo!!! Adoro as piruletas! Nós duendes, que cuidamos do jardim, temos que examinar as folhas e o caule dos girassóis para comprovar se estão crescendo saudavelmente.

Com a ajuda das andorinhas e piscos, sobrevoamos os girassóis diariamente e regamos o seu centro com amor, ilusão e uma pitada de açúcar mágico criado pelos gnomos da doçura, que são nossos amigos. Depois o sol dirige os seus raios para os girassóis e a piruleta do seu centro torna-se mais doce e enche-se de cores da ilusão. Outros duendes sobem, e seus amigos, os ratinhos do campo, regam com água, as raízes dos girassóis, porque apenas assim poderão ficar fortes e saudáveis. Apesar de serem girassóis mágicos, eles necessitam de água para viver. No jardim, temos duendes guardiões que permanecem nas portas do jardim, impedindo que entre alguém que prejudique os nossos girassóis. Para além disso, há duendes da velocidade, que passeiam constantemente com os esquilos, para ver se nenhum outro animal ficou aqui para comer as sementes do girassol ou para dar umas lambidelas na piruleta do girassol, porque os animais por aqui são muito golotões e golosos, adoram as piruletas dos girassóis.

Todos vivemos em harmonia e a nossa missão mais importante é a de cuidar dos girassóis. Eles todos os dias, ao entardecer, cantam e ouve-se uma melodia muito bonita por todo o jardim. Ah! E pode ver-se como saem pós mágicos de piruleta do coração dos girassóis e dos seus centros, que umas vezes parecem nuvens de cores e outras, fogos de artifícios que cobrem o céu.

Nós duendes, sentamo-nos todos os dias ao entardecer, numa das ladeiras do jardim, para contemplar esta maravilha. Porque para além disso, os pássaros gostam muito de se introduzirem nestas nuvenzinhas de pó mágico das piruletas dos girassóis. Vós na Terra deveis cuidar dos girassóis, porque eles estão unidos pelo coração, aos nossos, e cuidam deles e enchem-nos de sentimentos bons. Eles têm a energia quente do sol e vocês adoram o sol! Porque os dias com ele são maiores e podeis brincar e divertir-vos mais, assim que, os girassóis levam-vos um pouquito da energia do vosso Sol.

  Estar-vos-eis perguntando, como é possível que os girassóis tenham piruletas no seu centro, não? Pois sim, é possível, porque este jardim é mágico e tem uma tarefa muito importante, que é criar ilusão e magia no coração das crianças do Planeta Terra, sempre que vejam um girassol, porque eles e as suas fadas são muito alegres. Além do mais, sempre que comeis uma piruleta, os girassóis as pulverizam com energia de amor e ilusão, para que nunca percam a magia que vos proporciona ser crianças. Nós, como duendes, temos muito amor pelas crianças, porque são parecidas connosco, por isso somos tão brincalhões, alegres, amorosos e aplicados! Só que nós somos muito pequeninos e vós não nos conseguem ver   mas podeis sentir-nos no vosso coração.

Vou contar-vos um segredo. No final de cada dia, depois de termos visto o mágico momento dos girassóis piruleta, recolhemos pó mágico deles, e nós, os duendes do jardim, viajamos através do arco-íris de energia até à Terra e visitámos-vos todas as noites, para vos levarmos magia dos nossos girassóis aos vossos sonhos e que acordem com alegria, ilusão e muita vontade de transmitir amor. Às vezes, se vos portastes bem, os duendes fazem com que os vossos sonhos sejam no jardim dos girassóis piruleta, para que vivais grandes aventuras saltando de flor em flor. Depois, voltamos ao jardim através do túnel arco-íris e vamos dormir…mas, sabeis onde dormimos? Os girassóis amam-nos muito, tal como nós a eles, por isso permitem que a gente durma bem encolhidos no seu centro piruleta e quando estamos deitados, fecham as suas pétalas para nos abrigar e envolver-nos na sua energia quente.

Então, doces sonhos crianças, os girassóis já nos chamam para ter doces sonhos, encontraremos-vos nos vossos sonhos mágicos esta noite?

Vamos dormir crianças …zzzzzzzzzzz.zzzzzzzzz

Até amanhã! Desejamos magia nos vossos corações.

Maria e as estrelas arco-íris

Olá! O meu nome é Luz, sou a anjo guia da pequena Maria. Vou-vos contar uma história, que é muito bonita. Maria é uma menina com um coração harmonioso, cheio de bondade e amor que sempre emana para todas as pessoas. Ela vive no campo, num lugar tranquilo, com muita natureza e repleto de fadas, duendes, elfos e seres que cuidam magicamente do equilíbrio da natureza. Maria tem duas paixões: os cavalos e o arco-íris. Adora cuidar deles e também cavalgar, sentindo os odores da natureza, comtemplando o céu, sentindo-se livre e vendo a sua outra paixão, o arco-íris. Maria adora cavalgar durante largas horas, até que encontra um arco-íris com o qual fica fascinada, sempre na companhia da sua égua, a Faísca.

Ela é muito veloz, amorosa, bondosa e a sua fiel amiga. Estão juntas desde bebés, compartilham mil e uma aventuras. Maria sentia a Faísca como uma irmã e carregava-a sempre no seu coração, tomava todas as decisões em conjunto com a Faísca. Todas as tardes cavalgavam até chegar ao alto da colina esperando ver um arco-íris precioso. Sempre que o viam, Maria falava-lhe em voz alta a cada uma das cores do arco-íris. Contava-lhe os seus sonhos, como se sentia e também lhe dizia o quanto gostava de o ver, porque sabia que através do arco-íris alguém a escutava. Muitas vezes, Maria dizia a Faísca que o arco-íris era um grande amigo e confidente, uma espécie de diário em que contava as suas alegrias e tristezas.

Uma tarde, pouco depois de falar com o arco-íris, Maria e Faísca lancharam framboesas silvestres e a pequena menina adormeceu apoiada em Faísca, mas rapidamente despertou porque uma luz multicolor muito intensa apareceu em frente a ela. Quando Maria abriu completamente os olhos, essa luz envolveu-a e a Faísca…….Então Maria ouviu umas vozes que lhe disseram:

- Maria somos as fadas do arco-íris, nós controlamos a intensidade de cada um dos raios e com eles curamos a natureza e levamos abundância e prosperidade aos bosques e montanhas. Por isso não nos vês todos os dias, porque necessitamos de nos deslocar para chegar a cada canto.

- wouu – disse Maria.

- Verás Maria – seguiram elas – tu e a Faísca são muito especiais porque amam a natureza com todo o vosso coração e cuidam dela com amor, não por obrigação. Por isso queremos conceder-te um presente muito especial.

As fadas dançaram á sua volta e cada uma delas criou uma estrela da cor do raio do arco-íris com que trabalham e todas projetaram as suas estrelas no coração e na cabeça de Maria e Faísca. Uma das fadas continuou:

- Maria a partir deste momento, cada vez que toques em qualquer forma de vida da natureza, das tuas mãos irão sair estrelas de todas as cores do arco-íris que as vão curar e encher de energia.

Outra delas continuou:

- Faísca, tu cada vez que acaricies com a tua cabeça outros cavalos e animais, terás o dom de os curar.

Todos se abraçaram e as fadas voltaram para o arco-íris. A partir desse momento Maria e Faísca vão cuidar e curar todos os animais e plantas, assim elas são felizes e o amor por todas as formas de vida ficaria ainda maior.

Carta ao ano novo

Querido ano novo;

Estou-te a escrever esta carta, mas na realidade não sei muito bem como isto se faz. A avó Marta, no dia de fim de ano, disse-nos que devíamos escrever às energias do ano novo para que no próximo ano, tudo tenha um brilho e uma magia especial. A verdade é que estas palavras são muito bonitas e como as repete todos os anos, desde que eu me recordo, decidi escrever-te este ano. Mas há algum marco de correio especial? Ou seja, donde vou enviar esta carta? As energias têm um marco de correio no mundo das energias onde os nossos carteiros fazem chegar os nossos pedidos? Espera um momento que vou perguntar à avó e já volto… Ah! A avó explicou-me tudo, não há marco de correio para enviar-te a carta, simplesmente tenho que a ler e tu a escutarás. Também me contou que depois devo guardá-la num sítio especial, para que tudo o que te vou pedir se cumpra. Por isso é uma carta muito especial, porque a escrevo de coração e vai direto à energia de vossos corações. Sim! Porque ela contou-me que há muitos anjos com a energia do ano novo, que são os que fazem com que tudo seja especial.  Este ano, para mim foi muito especial, porque a minha família ensinou-me a viver cada dia como uma aventura mágica e inolvidável, e assim o foi. Estou-te muito agradecida ano 2014, porque contigo cresci e aprendi coisas novas. A minha irmã levou-me a visitar muitas vezes o lugar onde trabalha, é um jardim zoológico. Gostei de visitar os animais, conhecê-los e ajudar a tratar deles. Este ano também fui pela primeira vez ao cinema e ao teatro, ao concerto de uns amigos que fazem meditação comigo. Sim, porque gostei muito da experiência de meditar e de conhecer o mundo das fadas, dos unicórnios, duendes e estrelas, que me acompanham enquanto durmo, para que nada me perturbe nos meus sonhos. Tantas coisas novas que não sei como agradecer-te as aventuras de cada dia. Mas agora querido ano novo, tenho coisas que te pedir, mas não são só para mim, porque não podemos ser egoístas. Pois se todo o planeta é feliz, nós também o seremos, não?! Quero que este 2015 seja um grande ano, no qual encontremos a felicidade verdadeira, essa que vivemos nas coisas mais pequenas, tais como um abraço, uma noite em família ou estar saudáveis. Seria muito bom que todas as pessoas do planeta tivessem luz nos seus corações e deixassem atrás esses sentimentos tristes que não lhes deixam sorrir. Por isso, anjos da energia do ano novo, por favor, façam com que estes pedidos se tornem realidade! Sabeis? Todos os meses na lua nova, faço algo muito especial com a minha irmã. Escrevemos uma frase com algo positivo para nós e para o Planeta, e depois, ela queima-os com uma vela e o vento leva-os. São os nossos votos de felicidade para o mundo, pelo que a ver se este ano podeis ajudar-nos com eles. Queridos anjos do ano novo, confio em vós, sempre o fiz, por isso não vos vou pedir nada mais, somente que não vos esqueceis que é momento de renovar a energia dos nossos votos de um ano especial. E vocês meninos? Leram a minha carta ao ano novo? É um bom momento para que peçam ao ano novo aquilo que quereis, ele sempre lê os nossos pedidos, por isso pegai em papel e lápis, pedi ajuda aos vossos pais e fazei a vossa carta especial.

 Com Amor

Inês

Margarida e o seu amor mágico

No país das Flores há flores de todo o tipo, com tantas formas e cores que jamais imaginais. Todas as flores são diferentes, não existem duas iguais, todas têm um coração bondoso, cheio de magia. Todas as flores do país são tratadas por fadas multicoloridas que as regam com água e amor, pulverizam com pós mágicos e o calor dos seus corações. Sempre que nasce uma flor, as fadas preparam-lhe uma aconchegada boa vinda e elegem cuidadosamente as cores com as que as vão pintar, para que seja muito bonita. O país divide-se em muitos jardins onde se agrupam as flores quando nascem, pela qualidade mais mágica com a que nasceram. Quando as flores crescem e se tornam adultas, dedicam todo o seu tempo a colocar em prática todas as suas virtudes e ajudar as outras flores. Elas elegem os seus nomes quando se tornam maiores, porque sentem no seu coração qual deve ser. O meu jardim preferido é o das Flores do Amor. Todas são pequenas, muito delicadas e recebem os cuidados das fadas, que estão muito atentas e são amorosas com elas. Num dia de primavera, o arco-íris e o Sol apareceram no mais alto do céu e nasceu a flor mais especial do Jardim das Flores do Amor. Ela era muito maior do que o normal, o seu coração era muito grande e todas as suas pétalas tinham forma de coração. À volta dela apareceram muitas borboletas, que para surpresa das fadas, pulverizaram esta flor com muitas cores, que emitiam flashes de luz. As fadas observavam perplexas, enquanto se ouviam pequenos risos, enquanto a flor continuava crescendo. A flor disse: - Eu chamo-me Margarida e escolhi este jardim para nascer, porque sou a flor mais especial de todas. O meu coração está cheio de amor e bondade para ensinar a todas as flores do país a amar e tratar bem a todo o mundo. Agradecer sempre e sorrir carinhosamente. Todas observavam surpreendidas, porque Margarida continuou a crescer até se converter na flor mais resplandecente. Como ela era única e especial, sempre a rodeavam muitas borboletas que se converteram em grandes amigas, que acompanhavam Margarida enquanto ela viajava por todo o país, levando amor ao coração de todas as flores. Quando elas adoeciam ou estavam tristes, a flor Margarida emitia muita luz de amor e sorria sem parar e as flores curavam-se e eram muito mais felizes. Os seus corações tornavam-se maiores. Todas as fadas pediam ajuda a Margarida e às suas borboletas, para fazerem felizes e curarem todas as flores que o necessitassem.

Ela era conhecida como a flor mais mágica e especial de todo o país. Só o amor do seu coração podia conseguir coisas mágicas.

O Natal das Estrelinhas

Olá meninos!

Sou Silvestre, uma das vossas Estrelinhas preferidas do Clube, e hoje vou contar-vos a nossa história de Natal, a história mais especial do mundo! O Natal também é uma época muito especial para nós, não é só para os humanos, porque nela despertam todos os sentimentos de amor, união, alegria e todos são acompanhados de muita magia. Para nós, o Natal é sinónimo de magia. Já nos conheceis há um ano, mas não sabeis de onde vimos nem como são os Natais estelares!! Vimos da Constelação da Felicidade, mas agora estamos na Terra porque a Rainha das estrelas enviou-nos aqui para ensinar e cuidar de todos as crianças do Planeta. Durante todo o ano trabalhamos muito para que tudo seja feito rapidamente e possamos levar-vos momentos de felicidade, criatividade, amor e historias mágicas. Mas no Natal descansamos, porque para as Estrelinhas também é uma época do ano muito especial. As crianças são mais felizes e esperam com entusiasmo que as coisas mais incríveis aconteçam, terem presentes, momentos com a família e amigos… tantas coisas, que seriam necessárias muitas páginas para escrever o que cada uma das crianças deseja nesta época. Por isso, nós voltamos à nossa casa para celebrar o Natal com as outras estrelas da família, que são nossas irmãs de coração. Vereis, na constelação todas temos cores e energias diferentes, não existem duas estrelas iguais e a Rainha, quando nascemos atribui-nos um dom, que empregamos para repartir felicidade. No Natal, todas as estrelas estão unidas, por isso no céu contemplam-se mais gotinhas de luz, brilhando sem parar.

Vereis meninos, como somos diferentes também realizamos tarefas diferentes. Terri, tem a capacidade de cuidar de todos os animais do planeta e para além disso é muito brincalhão, por isso é muito divertido!! Harmonia é muito doce, a sua luz rosa invade-nos de amor, ela gosta muito de poder contar histórias, escrever, criar muitas coisas com as quais os mais pequenos possam aprender e disfrutar. Ambos são artistas! Adoram pintar e criar. E eu, Silvestre, sou um excelente cozinheiro, gosto muito de comer coisas boas e saudáveis, estou sempre à espera de criar e provar pratos novos. Ah! Mas tenho outra paixão, a Mãe Natureza, cuido dela porque ela cuida de todos os seres vivos do Planeta Terra, pelo que as plantas e árvores que são vossos irmãos têm que ser muito bem cuidados. São estas capacidades que empregamos para vos levarmos momentos de felicidade. No Natal, pomos todas estas coisas em prática com as mais pequenas estrelinhas! Todas as irmãs unidas, fazemos uma festa, é a grande festa do ano, porque todas estamos juntas, e isso é o mais importante. Toda a constelação se enche de luz, energia e amor. Luzes de cores por todos os lados e música! Terri e a orquestra das estrelinhas tocam sem parar e produzem sons muito bonitos! Ao mesmo tempo, as estrelas mais pequenas cantam canções de natal estelares, que soam em todo o universo. Sempre que cantam, não paramos de sorrir!! Porque são muito divertidos e mágicos!! Convidam-nos a cantarolar com eles! Outras estrelas fazem com que caiam copos de energia de todas as cores sobre a festa, que quando nos tocam, são como cócegas que nos recarregam de energia de Natal! Para a nossa festa convidamos todas as fadas, duendes, anjos e animais mágicos! Porque sem eles estaríamos incompletos! Harmonia prepara histórias, bonecos de trapo, e muitas almofadas para as pequenas estrelinhas, duendes, unicórnios e fadas; todos se sentem cómodos, enquanto Harmonia as transporta a lugares mágicos com os seus contos. Na nossa festa, gera-se um ambiente acolhedor e de amor, que adoramos!! As avós estrelas e eu, cozinhamos coisas muito boas!! Encanta-me estar na cozinha! O odor da comida acabada de fazer, as canções das avós e o som das tarteiras de um lado para o outro. Faz-se tudo a correr para que à hora da ceia todos nos sentemos a comer juntos!

Chega a hora da ceia e todos estamos unidos em amor, disfrutando da comida; estrelas, duendes, fadas, unicórnios… que felicidade!! A música soa, bailamos e cantamos! Os pequenos dormem e ouvem as histórias! É um Natal muito especial!! Nós Estrelas, sabemos que é uma época mágica, de diversão, amor, união e família! No Natal, os corações de todos os seres do Universo unem-se!

Disfrutem do Natal! Cantai, dançai e abram os vossos corações ao Natal e ao amor!

Feliz Natal!

A alegre magia do Sol

Gosto de levantar-me bem cedo todas as manhãs, para ver como nasce o Sol desde a praia das estrelas. Esta praia é muito pequena, mas também muito bonita. Suas águas são cristalinas e normalmente conseguimos apreciar estrelas-do-mar e o brilho das rochas, que parecem mágicas, emitindo tantos flashes. Por isso é a minha praia favorita e o momento mais especial do dia. Não me importa madrugar para o ver, porque vivo mesmo em frente à praia. Para além do mais, não existe nenhum dia no qual o Sol nasça da mesma maneira, nem exatamente com as mesmas tonalidades. Cada amanhecer é um momento único e irrepetível. Depois de ver como o Sol nasce, fico em silêncio uns minutos a sentir como cada raio de luz que emana, penetra em todo o meu corpo e me enche de energia positiva. Tenho a sensação de que me recarrega as pilhas para ter um dia excelente, porque aconteça o que acontecer, como o Sol me tocou com a sua energia, o dia será muito bom. Desde há cinco anos que vejo como amanhece, não falho nenhum dia, porque mesmo que chova ou o dia esteja nublado, o Sol sempre está presente, fazendo-nos chegar o seu calor e energia. Ele convida-nos a estar sempre alegres, positivos e dinâmicos, como o próprio Sol. Numa manhã de inverno aconteceu algo muito especial. Há vários dias que não parava de chover; quase não sentia o calor do Sol. Mas nesta manhã tinha parado de chover e viam-se uns lindos raios de Sol escondidos por entre as nuvens. Por isso saí de casa a correr, com a esperança de ver um amanhecer mágico. E assim foi. Nesse dia acordei mais tarde do que o habitual, pelo que quando cheguei à praia, o Sol estava já muito alto, ouviam-se as gaivotas e as ondas do mar. Sentei-me no meio dos lírios silvestres e observei perplexa, toda essa beleza. Mas logo algo aconteceu.

O Sol começou a brilhar muito muito forte e com muita intensidade, tanta que quase deslumbrava. Virei a cara, porque tanta luz não me deixava ver e observei como caíam flashes e gotas de energia do Sol em forma de espiral sobre os lírios e sobre mim. Parecia magia! O Sol pouco a pouco, recuperou o seu brilho normal, mas diante de mim apareceu um pequeno duende brilhante, dourado, com tanta luz que quase não conseguia ver-lhe o rosto. O pequeno duende vinha do Sol e disse-me que me observava todos os dias quando contemplava cada amanhecer e confiava com fé, que o Sol me ajudaria a que tudo corresse bem. Ele e todos os duendes do Sol, inclusive o próprio Sol, apreciavam a minha fé, alegria e a pureza do meu coração. Por isso apareceu diante de mim, com a mesma confiança que eu deposito neles. O duende Trizas, disse-me que o Sol e os duendes iam-me dar um presente muito especial, que me faria ainda mais feliz. Quando acabou de falar, os lírios silvestres tornaram-se dourados e começaram a brilhar. Pequenas fadas apareceram à sua volta e sobre eles. Davam voltas sem parar. Ah! E também à volta do meu peito. Eu não entendia o que se estava a passar, mas sentia-me muito feliz. Então o Duende Trizas disse-me: Adriana, está tranquila. Os lírios e as suas fadas são as tuas novas amigas, que depois deste banho solar que recebestes juntos, tereis uma qualidade especial. Com estes lírios, podes curar todas as tuas tristezas e de todas as pessoas que o necessitem, porque eles contêm a energia do Sol, muito positiva e curadora. O teu coração recebeu gotas de energia do amado Sol, que fará com que a tua alegria aumente e que consigas ajudar as crianças mais tristes, que não têm ninguém que lhes ensine a ser felizes. Tu tens a capacidade de o fazer. E quando necessites de ajuda para ti ou para alguma criança, apenas tens que chamar as fadas dos lírios e a mim, que te ajudaremos a que cresça a semente do Sol e a alegria em todos os corações. Mas, em troca, terás de cuidar destes lírios com alegria e todo o amor do teu coração, para que eles cresçam saudáveis e bonitos. Deves plantar mais lírios silvestres com energia do Sol, para que ajudem as pessoas a ser mais felizes. Ah! Claro que te esperaremos todas as manhãs para que nos saúdes cada amanhecer como fazes habitualmente. Encanta-nos saudar-te calorosamente. Lembra-te de que se ensinas a outras crianças a disfrutar do amanhecer, haverá muitas mais crianças felizes. Quando tenhas alguma dúvida ou pergunta, fá-la desde a tua mente Adriana, que o Sol fará com que a resposta chegue ao teu coração em forma de gota de energia solar.

Esse foi o dia mais feliz da minha vida, porque senti que em cada amanhecer nascia de novo, com muita alegria para compartilhar e transmitir ao mundo. Em todos os jardins que conhecia, plantei lírios silvestres, que cresciam muito rápido e quando saía para passear com a minha bicicleta, via como brilhavam energeticamente e sus fadas me saudavam com alegria. Em cada amanhecer, o Sol deixa cair gotas de sua energia sobre os lírios e parece uma festa de flashes mágicos. Quando a maioria das pessoas acorda, as ruas estão inundadas com gotas de energia do Sol e milhares de fadas chispantes. A praia das estrelas e o Sol terão sempre um lugar mágico no meu coração, porque eu também sou parte do Sol e no meu coração está a sua energia.

Uma Viagem ao centro do coração

¡Olá meninos!

Sou Paula, tenho 11 anos e vivo no Sul de Portugal. O que mais quero na minha vida é a minha família e o que mais gosto é de viajar. A minha mãe é escritora e o meu pai biólogo. Gosto muito de ler os contos infantis que escreve a minha mãe, são tão criativos como ela. Ao papá fascina-lhe tudo o que é vida, por isso desfruta observando e investigando cada forma de vida, desde o mais pequeno grilo, a um elefante, um lugar, uma povoação, etc.A profissão da minha mãe tem muitas coisas boas, entre elas viajar, uma vez que os seus livros estão em diferentes idiomas e faz o lançamento deles em diversos países e também em diferentes localidades do mesmo país.

¡Isso é genial! Porque viajo muito e conheço lugares muito bonitos que aparecem na televisão ou nas revistas. Por exemplo, já visitei algumas localidades de Espanha, como Granada, onde há um monumento especial, a Alhambra; em Barcelona, onde está a Sagrada Família, que é uma catedral enorme, preciosa e muito famosa; Astúrias, que tem os Picos da Europa. Também conheço outras localidades de Portugal como Viana do Castelo, que tem a Igreja de Santa Luzia no alto do monte, ¡uauuh! Tem vistas para toda a cidade; Nazaré, Serra d’Arga… Conheço Buenos Aires em Argentina, e outros lugares como Bélgica, Londres, Alemanha, etc. Gosto de todos, pelas coisas tão diferentes que se vêem. Mas mamã sempre me insistia de que não devia fixar-me só nisso, mas sim aproveitar também para aprender das diferentes culturas, seus costumes, alimentos, ensinamentos e deixar-me cativar pela magia e coração das pessoas, para aprender valores adequados para a minha vida e crescer com as minhas vivências.Eu ouvia-a, mas pareciam-me autênticas estupideces, porque o bom de viajar é conhecer sítios. Que me importam as pessoas, já “crescerei”, como diz minha mãe, quando seja necessário fazê-lo.Viajamos sempre juntos, assim papá aproveita para trabalhar, investigando e conhecendo melhor a fauna, flora e particularidades de ambas que só existam nesse lugar.

Ah! E encanta-lhe fazer o seu estudo característico da pessoa. Ele chama-lhe a investigação da personalidade, se são tristes ou alegres, se gostam mais de estar em família ou preferem estar com outras pessoas, etc. Papá disse que é fascinante, e muitas vezes, enquanto mamã organiza as coisas quando chegamos ao novo lugar, papá convida-me a sair e investigar com ele, mas eu não quero, prefiro conhecer monumentos dos que falar com as minhas amigas quando regresse à escola. A minha mãe não gosta destas atitudes que tomo, diz que são superficiais e que não compreendo as verdadeiras vantagens de viajar.O meu pai, graças ao seu trabalho, conhece muita gente e tem muitos amigos que trabalham do mesmo modo que ele. Por isso, sempre que viajamos ficamos na casa de algum dos seus amigos.

Uns dias atrás, mamã chegou a casa e disse-me:Paula prepara-te, porque daqui por uns dias vamos de viagem à Índia e estou certa de que esta viagem te ensinará muito.

-¿À Índia? ¿Mas também vais apresentar o teu livro lá? ¿Na Índia sabem ler?- disse eu.

-Filha, entristece-me que penses assim e que apesar de viajar tanto, conheças tão pouco - disse mamã, e continuou. – Sim, vou apresentar o livro de contos infantis ali, entre várias instituições, ONGs e escolas que se dedicam a proteger, cuidar, ensinar e fazer felizes os meninos; já que muitos deles não têm oportunidade de estudar. As histórias fazem-nos felizes e fazem-nos sentir especiais, por isso, desta vez na apresentação haverá muitos muitos meninos.

-Está bem mamã, já entendi – disse eu – ajudar-te-ei naquilo que necessites para que tudo esteja como tu queiras.

Preparei tudo como mamã me tinha pedido; a maleta, os livros e ajudei-a em todos os pormenores. Para ela, cada local onde apresentava o livro era especial, mas dei-me conta que esta é ainda mais, porque estava muito concentrada, preparando pequenos presentes, poemas, seus livros, etc.Sete dias depois chegamos à Índia. O meu pai tem um casal amigo, são espanhóis, mas vivem há muitos anos na Índia, numa casa muito bonita, decorada com mosaicos, parece um palácio. Os seus filhos e três velhinhas de origem Índia, vivem na casa com eles. Quando eles compraram a casa, as três mulheres viviam ali refugiadas do frio, calor e dos ladrões, porque não tinham casa nem família. Pelo que, agora todos juntos são uma grande família. Parecia-me estranho, mas era uma situação doce.

Jantamos todos juntos, mamã continuava especialmente concentrada nos preparativos. Ela e Soraia, que é a mulher do amigo de papá, tinham combinado em jantar rápido para irem trabalhar. Eu fiquei na mesa e não parava de insistir com papá para que me levasse a conhecer lugares e monumentos da Índia para apresentar no colégio com as fotos e histórias. Mamã ouviu-me e resmungou comigo dizendo que eu estava a ser inoportuna e que estava cansada de que nas viagens eu só me preocupasse sempre com o mesmo.

Eu chateei-me e fui para o quarto no qual ía dormir durante a minha estadia na Índia.Passado um pouco, veio uma das três velhinhas ao quarto para falar comigo. Ela disse-me que minha mãe tinha razão e que para desfrutar das viagens, tenho que aprender a ver mais para além dos monumentos e ver a essência dos lugares e das pessoas. Ela disse que só assim apreciarei completamente os sítios, e para isso tenho que ver com o coração.

Eu respondi-lhe:

-Senhora, não entendi nada. ¿Como vejo desde o coração, se os olhos são para ver? O coração só nos mantém vivos.

A velhinha sorriu e disse:

-Estás enganada pequena, vê-se e sente-se desde o coração, para apreciar as coisas e fazer com que elas tenham um verdadeiro significado.

-Não entendo avó – disse eu.

-Verás, levar-te-ei a fazer a viagem mais especial da tua vida, verás como depois entenderás o que te estou a dizer.

-¿Ah sim? – disse eu- ¿Quando vamos?

-Agora mesmo – contestou a avó.

Ía a calçar os sapatos rapidamente, mas a avó disse:

-Não Paula, é uma viagem especial, por isso senta-te que vamos fazer esta viagem numa meditação.

Pareceu-me estranho e pouco convincente, mas fiz o que ela me mandou.

-Esta viagem será muito especial, iremos ao centro do teu coração….disse a avó.

Fechei os olhos e fui imaginando tudo o que a avó me dizia. Estava cada vez mais relaxada e concentrada naquilo que ela me dizia. Rapidamente viajei ao centro do meu coração, senti e ouvi os seus movimentos, são suaves, constantes…que bonitos. Concentrei-me tanto no meu coração que pouco a pouco deixei de ouvir a avó e só escutava os batimentos. No meio desse silêncio e do meu coração, apareceu um anjo para falar comigo. Ele era o meu anjo da guarda! Que surpresa! Até esse momento, eu não acreditava em anjos e muito menos guardiões. Ele disse-me que estava ali para me ensinar e aconselhar nalgumas coisas que não estou a fazer bem.

Explicou-me que a velhinha tinha razão:“Cada lugar tem uma essência, uma povoação, uma cultura e uma aprendizagem. E mais Paula, os seres humanos têm que aprender a sentir com o coração, assim deixarás de ver monumentos ou pessoas, mas sim uma história com vida própria, sentimentos e outros corações que escutar; isso é o que faz a tua mãe com os seus livros, fazer com que os meninos sintam, abram os seus corações e que se preocupem em conhecer, não o que vêm com os olhos, mas sim o que sentem desde o coração. Para isso, não necessitas duma máquina fotográfica que registe tudo; precisas apenas do teu coração disposto a sentir e conhecer cada lugar do mundo que visites e cada pessoa que se cruze contigo. Assim as viagens terão um sentido verdadeiro.

Quando acabou de falar, acariciou o meu rostro, porque me caíam as lágrimas, de emoção e tristeza ao mesmo tempo, porque tinha entendido tudo o que o meu anjo da guarda me contara e estava triste porque tinha sido injusta e egoísta.

A minha viagem tinha acabado e abri os olhos lentamente e não pude aguentar a vontade que tinha de abraçar a velhinha, por ajudar-me a compreender melhor as coisas e o verdadeiro sentido das minhas viagens. Foi um abraço de coração a coração. As duas descemos correndo a ajudar a minha mãe. Tudo tinha que ser muito especial e eu tinha que ajudá-la. Ela ficou muito contente e grata para com a velhinha, porque mamã entendeu que a velhinha Tata, como a chamavam carinhosamente, tinha falado comigo e ajudado a compreender o meu coração. 

A apresentação do livro foi muito bonita, havia muitos meninos, adultos e profissionais; todos desfrutaram muito, aprenderam, compreenderam e o melhor, é que todos sentiam desde o coração, algo que eles fazem naturalmente, sem barreiras.Esta viagem ao meu coração foi o mais importante da minha vida, porque a partir desse momento, as viagens tiveram sentido e aprendi a ver a essência, o coração das pessoas e dos lugares. Quando sentimos desde o coração, tudo tem uma magia especial; actuamos com alegria, bondade, paz e somos muito felizes.

O melhor, é que podemos ajudar os outros a entrarem em seus corações e serem felizes.Por isso, a partir desse dia, sempre ajudei mamã com entusiasmo nas apresentações dos seus livros, para transmitir aos meninos todas as suas histórias.

A menina que veio das estrelas

Olá! Eu sou a Carla! A menina que veio das estrelas. Sim, sim leram bem eu vim das estrelas.É estranho não é! Se nascemos e vivemos na Terra como posso eu ter vindo das estrelas?? Esta é a questão que todos vocês devem estar a colocar neste momento!
Vocês vão ver.... o meu pai contou-me a verdadeira e mágica história de onde vêm os bebés. Desde pequenina a minha avó e mesmo na escola contavam que os bebés eram trazidos pela cegonha. Na verdade, essa história nunca me convenceu muito, haviam imensas coisas para mim não faziam sentido e que ao mesmo tempo me despertavam muita curiosidade.Como vai uma cegonha fazer um bebé entrar na barriga da mãe?? E depois que faz a cegonha? Onde vai? Também cresce dentro da barriga das mães???
Ai que confusão! Vêm como nada disto faz sentido! Por isso sempre me pareceu que a história da cegonha era invenção dos adultos para evitar explicar-nos como realmente os bebés entram na barriga das mães.
Na minha cabeça sempre vagueou a questão, principalmente desde a gravidez da minha mãe e da minha tia Isabel. Como vejo diariamente aquelas enormes barrigas nunca me esqueço desta pergunta.... onde estão os bebés antes de crescer nas barrigas das mamãs?? Ou melhor dizendo... como entram nas suas barrigas???Sempre fazia esta pergunta em casa e um dia enquanto cuidava do jardim com o meu pai ele decidiu contar-me a verdadeira história.
- Pai – Filha, a história dos bebés é muito bonita, assim que vamos sentar-nos neste balancete, beber um sumo de laranja e escuta-me com atenção.
Eu sorria de felicidade, finalmente alguém me ía explicar o que tanto queria saber....
- Pai – Neste caso vou contar-te a tua história, pois os detalhes mudam de bebé para bebé e por cada casal, mesmo que vindo do mesmo lugar.Antes de decidirmos ser pais eu e a tua mãe vivemos algum tempo juntos, conhecemo-nos melhor, formamos a nossa casa o nosso lar, tudo com uma boa dose de amor como uma verdadeira família. Quando pensamos estar preparados para ter um filho e assim completar a nossa felicidade, a tua mãe e eu amamo-nos muito e fizemos amor....
- Carla – O que é fazer o amor pai???
- Pai – Verás filha, vou explicar-te muito resumidamente. Quando dois adultos se amam de verdade fazem amor: os seus corpos, energias, desejos e todo o seu amor se unem e o amor de ambos fica guardado no útero da mãe junto com uma semente do pai e dessa união surgem os bebés.A união desse grande amor faz gerar uma semente de amor no útero da mãe composta da energia de ambos.
- Carla – Uau.......
- Pai – Quando esta união sucede filha parte do brilho e energia de uma estrela do firmamento desce à Terra e fortalece esse amor e energias criadoras dessa sementinha. Assim parte da energia e da luz da estrela é parte de vocês e dos vossos corações. Ela ajuda-vos a crescer e a formar-vos dentro do ventre materno até ao momento de virdes ao mundo.
- Carla – A sério? Uau!!! Então nós vimos das estrelas e nos nossos corações há uma boa parte dessa estrela??? É isso papá???
- Pai – Sim filha, vocês crianças sois muito especiais porque vindes das estrelas e de toda a bondade, magia e luz que elas possuem. Vocês transportam nos vossos corações toda essa alegria. Assim que quando nasceis o vosso sorriso, amor, carinho e mimo fazeis de nós pais muito felizes. Vocês completam a nossa felicidade.
Nesse momento levantei-me e correndo abracei bem forte o meu pai.
- Carla – Pai amo-te muito, obrigado por teres contado a minha história.
- Pai – Não tens que agradecer-me Carla, só te peço para que guardes esta história no teu coração e a contes um dia aos teus filhos para que os faças igualmente felizes.
Eu dei-lhe um novo grande abraço e corri para dentro de casa para igual e calorosamente abraçar a minha mãe.
Nesse dia senti-me tão feliz, compreendi tantas coisas!!! Isso fez-me sentir muito bem. Quando a noite chegou sentei-me na janela do meu quarto olhando o céu, as estrelas, contemplando o quanto formosas são, como brilham e iluminam a noite. E nesse preciso momento dei-me conta de que isso é o que nós crianças fazemos durante o dia.... iluminar os corações dos nossos pais e dos adultos que nos rodeiam.
Adormeci vendo as estrelas e a sonhar como as visitava numa grande viagem.

Sentindo desde o coração, emanando amor Universal.

O Havaí é um arquipélago, quer dizer, um conjunto de ilhas, para ser exacta, dezanove, que se encontram na América do Norte. Muito bonitas, solarengas, com muita natureza, as pessoas são sensíveis e muito humildes; todas com o coração cheio de bondade.

Chamo-me Magali e apesar de ter viajado algumas vezes, sempre vivi em Honolulu, uma cidade do Havaí. Gosto muito do lugar onde vivo; é muito solarengo, com  paisagens naturais fantásticas e as nossas praias, são muito bonitas. A areia é clara e acolhedora, as águas são límpidas, transparentes, puras e nelas habitam seres de todo o tipo. O mais bonito de observar nas águas e mergulhar nelas, é ver como todos os seres vivem felizes, em harmonia respeitando cada um o seu espaço.

Nós, os habitantes deste arquipélago somos muito alegres,divertidos, educados e humildes. Gostamos muito de estar em contacto com a mãe natureza. Sim, disse com a mãe natureza. Muitos de vós perguntareis porquê. Na nossa cultura, assim como em muitas outras, a natureza é também nossa mãe. Ela oferece-nos abrigo, água, vários alimentos e de boa qualidade, lenha para nos aquecermos, etc. Por isso para nós ela é a mãe que cuida de toda a humanidade.

Também gostamos de contemplar o pai céu, as suas nuvens, o arco-íris, as estrelas; tudo o que existe nele merece todo o nosso respeito e admiração. Pois é ele, quem torna possível a maravilha dos fenómenos atmosféricos e que a mãe terra nos pode oferecer tudo aquilo que nos entrega de forma espontânea.

Nós os habitantes das ilhas, somos muito carinhosos; para nós, o amor e o seu verdadeiro significado são muito importantes, podemos dizer que é o mais importante, pois nada surge sem o amor verdadeiro. Um dos melhores momentos da semana, para nós, é passar o tempo com a família; poder dar amor, abraçar-mo-nos, brincarmos com os mais novos da casa, etc. Às vezes, até mesmo bairros inteiros, reunimos-nos para comemorar uma data especial, porque nos tratamos com amor e tolerância, assim somos como uma grande família.

Vivemos com muita paz e alegria, não deixamos espaço para discussões, mal entendidos ou tentar uns ser melhor que os outros. Em vez disso, percebemos que é através do amor, da compreensão e da comunicação que podemos estar bem uns com os outros e chegar a um acordo quando as opiniões são diferentes. É assim que vive o meu povo; é assim que sou feliz e consigo sorrir sempre para a vida e ela retribui-me sempre do mesmo modo. Não guardamos rancor por nada, porque somos todos humanos, não é verdade? Isso significa que nos enganamos, todos nós nos enganamos! Faz parte do nosso crescimento, que nos torna pessoas melhores e mais atentas às coisas que acontecem no mundo.

Deveis pensar que é uma estranha forma de viver, mas assim somos muito felizes, porque conseguimos desfrutar de cada momento e de cada dom que a vida e o universo nos dão.

O meu avô, tem um nome diferente e também muito grande, só o facto de pensar pronuncia-lo, fico muito cansada. Por isso todos lhe chamamos Alapai, é mais divertido e mais curto, alem disso, o seu nome em havaiano significa conselheiro. E é isso que ele é para todos nós. O avô ensinou-nos tudo sobre a nossa história, cultura e sobre os nossos valores. Conta-nos que na Europa e noutros continentes, as pessoas são muito mais materialistas que nós, só dão valor ao dinheiro, ás aparências e a coisas físicas. Em contra partida dão muito pouco valor ao que trazemos no coração, ao amor e aos valores.

Que estranho - pensava eu - eles não podem ser felizes assim, porque o calor humano e o contacto com o que nos rodeia, é na verdade, o que nos traz a felicidade. O avô contava-nos que sorriam pouco, eram tristes e a felicidade só a adquiriam às vezes, não era um estado permanente. Isso também era confuso para mim, porque eu sou sempre feliz e não apenas às vezes. Alapai, disse-nos que os seus corações são sempre tristes, não sabem dar nem receber amor. Cada vez que o avô nos falava destas coisas, nada fazia sentido para mim, porque: para que queremos o coração se não é para dar e receber amor?

Encanta-me! Sou feliz, sentindo todas as coisas com o coração, não gosto de coisas superficiais. Sentir que se acende uma pequena chama no nosso coração que nos enche constantemente de alegria e felicidade, quando emanamos amor a todo o Universo. Não só às pessoas da nossa família e amigos mas a tudo o que tem vida à nossa volta: árvores e plantas, animais, a água, as pedras...absolutamente todos os seres vivos. Surpreende-vos que diga a água, pois, mas mesmo que não acrediteis, a água tem energia portanto tem vida; o mesmo se passa com as pedras, pois são oferecidas pela mãe terra, tudo o que dela provem é vida.

Como todo o meu povo, adoro enviar amor Universal! Não somente aos seres vivos da minha cidade, ou do Havaí, ou inclusive do Planeta Terra, se não a tudo a que há no Universo! Os Planetas, estrelas, cometas...todos os seres vivos que neles habitam, a todas as energias positivas do Universo. Por isso, gosto muito de me sentar na orla da praia, fechar os olhos, abrir o coração e enviar amor a todo o Universo, porque assim somos todos mais felizes.

Meninos, convido-vos a experimentar esta forma de ver o mundo e de o sentir! Pois assim comprovareis que eliminando as chatices, as más palavras, a agressividade e as más acções da vossa vida, vos sentireis muito melhor, mais livres. Mas se além

disso abrires os vossos corações e emaneis amor a tudo o que vos rodeia, à Mãe Terra e a todo o Universo; encontrareis um estado de felicidade permanente!

Construindo um futuro através do Amor Universal

Quando era bebé, em casa cantavam-me sempre com doçura, embalavam-me com delicadeza, abraçavam, beijavam, brincavam comigo, etc. Todos os membros da minha família me tratavam muito bem e me davam muito amor, tinham sempre tempo para mim, todas as atenções e os cuidados que eram necessários.

Fui crescendo com todo o seu amor, aprendendo todos os valores que os meus pais me ensinavam para ser um menino com um futuro promissor, com valores, respeito e amor por todo o Universo. Fui crescendo, o papá explicou-me que faltava muito pouco para ir para a escola. Disse que a escola é uma experiência única e fantástica, que me ajudará a ser um homem maduro com muito conhecimento. A minha mãe e o meu pai, lembram-me sempre que quando eu for para a escola, tenho que tratar as outras crianças do mesmo modo que gosto que me tratem a mim, que não me posso esquecer de sorrir e tratá-los com muito amor. Assim, todos me retribuirão de igual modo, podendo ser felizes e ter um bom ambiente na sala de aulas.

Na véspera do primeiro dia de aulas, sentia-me muito nervoso e o meu pai disse-me:

-Hugo, é muito importante que descanses bem esta noite porque amanhã é um grande dia, é o teu primeiro dia de aulas. Por isso, é preciso que acordes bem, para poder desfrutar desse dia tão especial.

Contudo as palavras do meu pai deixaram-me mais nervos que o que já estava, pois não parava de pensar em como seria entrar para a escola, que coisas poderia aprender, como seriam os meus colegas e a minha professora, se teriam os mesmos gostos que eu… tudo era uma incógnita na minha mente.

Mal o meu pai saiu do meu quarto, continuei às voltas na cama a pensar sem parar. A minha irmã Rosália, que passava no corredor para se deitar cedo, depois de um dia de intenso estudo de preparação para os exames, ouviu-me às voltas agitado na cama e decidiu entrar para ver o que se passava. Contei-lhe que me sentia muito ansioso por começar a escola. Não sabia se tudo iria correr bem, e até mesmo se gostaria.

Rosália sentou-se na minha cama, sorriu e disse-me:

- Maninho, acalma-te! Ir à escola é muito divertido! No primeiro dia, nunca sabemos como correrão as coisas, mas o que sabemos é que serão muito boas porque começa uma nova etapa da nossa vida, em que aprendemos muitas coisas; gostarás mais de umas do que de outras e também conhecerás muitos outros meninos e, naturalmente, serás mais amigo de uns que de outros.

As suas palavras deixaram-me muito mais tranquilo porque a minha irmã é mais velha que eu dez anos, quer dizer, tem 16 anos e é o membro da família com a idade mais próxima da minha. Por esta razão, penso que consegue compreender-me melhor. Depois da nossa conversa, Rosália, leu-me uma história de animais, que são as minhas preferidas, e adormeci.

 Riiing, rin! Toca o despertador.

Levantei-me rapidamente da cama, lavei-me e vesti-me, como em cada manhã, com a ajuda da minha irmã. Enquanto me vestia e falava com a Rosália, já sentia o cheirinho das torradas com doce de framboesa que a minha mãe preparava para o pequeno-almoço. Aquele cheiro abriu-me mais o apetite e fez com que descesse, rapidamente, à cozinha com grande entusiasmo. Como era costume em cada manhã, dei um beijo de bom dia aos meus pais e tomámos o pequeno-almoço juntos. A minha mãe disse-me que aquele não era um pequeno-almoço normal, que era um pequeno-almoço de campeões, pois continha muita energia positiva e de amor, para chegar ao meu coração, satisfazer o meu estômago e contagiar-me dessa energia todo o dia. Habitualmente, como sempre muito devagar, mas em contrapartida, hoje, não pude porque tinha que ir para a escola.

Será o meu pai que me levará todas as manhãs à escola, antes de ir trabalhar, já que fica em caminho do seu trabalho; assim a minha mãe poderá levar a Rosália.

Entrei no carro tão emocionado que não podia deixar de cantar a canção dos duendes apaixonados que a minha mãe e a minha avó me tinham ensinado quando era pequeno; a cada vez que a cantava relaxava e emocionava-me. O papá foi todo o caminho com aspeto muito tranquilo, sorrindo ao perceber que eu já tinha compreendido que a escola seria uma experiência muito positiva na minha vida e que não tinha nada a temer.

Quando chegamos à escola, já havia muitos meninos acompanhados dos seus pais à espera da professora para entrarem. Todos os meninos pareciam simpáticos e tão nervosos como eu. De repente, abriu-se uma das portas e apareceu uma senhora, pronta para nos receber. Fiquei surpreendido com o seu aspeto porque tinha um sorriso rasgado no rosto que lhe deixavam à vista uns belos dentes brancos; tinha uns olhos grandes da cor do mel, que costumo comer ao pequeno- almoço. O seu aspeto geral fazia-me lembrar a mamã. A professora falava connosco como se fossemos muito próximos e isso deixou-me mais seguro. Despedimo-nos dos nossos pais e fomos para a salas de aula. Já na sala, a professora foi-nos indicando o nosso lugar, sentando-nos dois a dois. A mim atribui-me um lugar no fundo da sala, ao lado da Fabíola, assim se chama a menina que ficou ao pé de mim. No meu primeiro dia de aulas, a professora pediu para nos apresentarmos, explicou-nos como seriam as aulas e o resto do dia deixou-nos livre para podermos brincar e conhecermo-nos melhor, uns aos outros. Tentei falar várias vezes com Fabíola, e até convidá-la para jogar no grupo de meninos onde estava, mas ela não quis, nem sequer falou. Pensei que seria fruto do primeiro dia de aulas, por isso não lhe dei importância e continuei a desfrutar deste maravilhoso dia.Quando o dia acabou, o meu pai veio buscar-me e eu dei-lhe um grande abraço cheio de amor com muita energia positiva, diretamente do meu coração para o seu, como o meu pai me tinha ensinado. Enquanto comíamos todos juntos, contei a toda a família como tinha sido o primeiro dia, o quanto tinha gostado das aulas, da professora e dos colegas…falei de tudo, inclusive da Fabíola. Disse-lhes que ela era muito bonita, que me fazia sentir tranquilo e ajudava-me a sorrir, apesar de não falar e estar triste. Quando a via, ela sorria mesmo que fosse com muita vergonha. O papá disse-me que, o facto de estarmos juntos na mesma mesa, significava que tinha que a ajudar e apoiar nas aulas e também brincar com ela.  

A mamã continuou a dizer-me que não me esquecesse de que o amor curava todas as tristezas e que quando estamos mal, muitas vezes necessitamos de alguém que nos aconchegue, que não permita que gozem connosco, que nos façam sentir mais seguros. Disse, também, que quando estamos tristes temos o coração fechado ao amor e ao carinho que os outros nos dão, porque o medo é um sentimento que invade o nosso coração.

Rosália continuou a dizer que, se eu fosse tímido, de certeza, também gostaria que o meu colega de mesa, me ajudasse a perder o medo, brincasse comigo, etc.

Ouvi todos com a máxima atenção, todos tinham razão. Assim, decidi estar atento à Fabíola e fazer os possíveis por ajudá-la, porque a minha família ensinou-me que, sempre que possamos, devemos colaborar com os outros e preencher o coração de amor. No dia seguinte, levantei-me com muita energia, fiz com a minha irmã os exercícios de respiração e uma pequena meditação para enviar amor a todos os seres do Universo. Mas desta vez, inevitavelmente, na minha mente, apareceu também a Fabíola, à qual enviei muito amor desde o centro do meu coração. Depois, acabei de me preparar e fui com o meu papá, muito alegre e contente, para a escola.

A professora tinha preparado atividades muito divertidas. Que emoção! Curiosamente, também falavam de amor, bem como da família, dos irmãos e da confiança. Enquanto a professora repetia estas palavras, eu não conseguia deixar de pensar na Fabíola, pois, embora já tivesse passado algum tempo e já tivéssemos brincado, ela continuava com a mesma atitude: não falava com ninguém, estava triste, cabisbaixa, não brincava e apesar do incentivo da professora, continuava a não falar e a não reagir. Chegou a hora do lanche, eu tinha levado uns bolinhos de cenouras, chocolate e amêndoas em forma de estrelas e corações, que tinham sido feitos pela minha mãe e irmã. Sentei-me ao lado da Fabíola, apesar de ela não falar comigo, disse-lhe:

- Sabes a minha irmã disse-me que estes bolinhos são muito especiais porque contêm energia positiva e energia de amor; e a minha mãe disse que cura as tristezas do nosso coração. Eu sinto-me triste, porque tu estás triste e o teu coração está fechado, não nos deixas entrar nele. Por isso, convido-te a comer estes bolinhos comigo, para nos sentirmos mais alegres.

Fabíola comeu alguns bolinhos, mas sempre em silêncio, sem nada dizer. Continuei a falar com ela, com a esperança de que, em algum momento, ela me respondesse. E continuei:

- De manhã e à noite, eu a minha irmã fazemos um exercício de respiração para manter o coração aberto, para dar e receber amor. Também enviamos amor a todo o Universo. Ela diz que é amor universal! A verdade é que me sinto muito bem quando faço isto tudo.

Para surpresa minha, Fabíola falou e disse:

- Estes bolinhos são deliciosos, há muito que não comia. Amor Universal? Nunca tinha ouvido falar dele. Eu também posso fazer exercícios para não estar triste?

Não pude deixar de sorrir de admiração e felicidade ao mesmo tempo.

Falaste! – Disse em voz alta e continuei - Sim, claro que podes fazer exercícios para não ficares triste, mas qual é o motivo que te leva a essa tristeza?

Fabíola respondeu:

- Antes do verão, o meu pai mudou de trabalho, agora trabalha aqui na cidade, por isso tivemos que mudar de casa. Aqui não tenho amigos, muito menos os que tinha, com quem brincava, aqui sinto-me muito só e triste. Os meus pais trabalham muito e não se apercebem de que não tenho com quem brincar nem passar o tempo.

Ouvi-a cuidadosamente, com toda a atenção, e disse:

- Eu sei que eles não gostariam que estivesses assim, e de certeza que também sentem a tua falta, mas sabes o que podes fazer para que eles se sintam melhor e tu também? Sorrir, falar com os outros, e enviar-lhes amor universal, a eles e a todos os seres vivos do planeta. Assim, eles estarão bem, tu sentir-te-ás melhor e todos os seres do planeta serão também muito mais felizes.

- Eu posso fazer isso tudo? Lembro-me da minha bisavó nos falar do amor universal. Quando eu era mais pequena, contava-me que o amor universal é o que sai do nosso coração com a intenção de chegar a todos os seres vivos, incluindo o planeta, para serem mais felizes.

Senti-me tão feliz por saber que ela conhecia também o seu significado, que sem a deixar terminar disse:

- Sim, sim! Isso mesmo! Todos os dias, com a minha irmã, fechamos os olhos e com um grande sorriso no rosto, abrimos os nossos corações e enviamos essa energia para todo o mundo. Ontem estava preocupado contigo, com a tua tristeza e também te enviei amor Universal.

Fabíola ficou fascinada e disse-me:

- Podemos fazê-lo agora?

Claro - disse eu - ainda faltam uns minutos para acabar o intervalo.

Então demos as mãos e sentámo-nos juntos, expliquei-lhe que devia concentrar-se e abrir o seu coração, enviando muita energia positiva a todas as pessoas que ela quisesse e também a todo o universo. Concentrámo-nos os dois e começamos a enviar energia, dos nossos corações para todo o mundo. Quando estávamos quase a acabar, a professora aproximou-se e perguntou-nos o que estávamos a fazer. Ambos explicamos que estávamos a enviar amor Universal a todos os seres do mundo para que fossem mais felizes. A professora ficou surpreendida com esta bonita atitude e também com o facto de Fabíola já falar e sorrir. Fabíola disse:

- Sinto-me muito mais feliz, já não tenho aquela tristeza a apertar-me o coração. Tenho a certeza de que os meus amigos também estão mais felizes. Agora, já me sinto melhor e com vontade de me relacionar com os outros meninos.

Depois de ouvir tudo o que dissemos, a nossa professora decidiu dedicar todos os dias, algum tempo para falar sobre o amor e também para enviar amor universal para todos os seres do mundo. Assim todos os seres do planeta ficariam um bocadinho mais felizes com o amor e a energia que nós lhes enviamos, além disso também nós nos sentimos mais contente e felizes, por ajudarmos os outros, e uma das coisas mais importante, é o facto de também nos ajudarmos a nós próprios. Assim construímos um futuro assente em conceitos como o amor e a entreajuda.

A Sonhar com ave fénix

Se me perguntas qual o plano ideal para uma tarde sem tarefas da escola direi que é sentar-me no jardim da minha casa e observar o céu.

Chamo-me Nico e sou o intermédio de cinco irmãos. Eles pensam que eu sou diferente só porque não tenho os mesmos gostos nem costumes que eles! Não gosto de gritos, não são bons de ouvir e não se chega a entendimento nenhum através deles.

Os insultos são feios, fazem mal às pessoas. Eu gosto que toda a gente seja feliz, que se sinta bem. Também gosto de meditar e passar tempo em silêncio a observar o céu. Sinto-me bem com ele...., pois parece que o meu coração cresce e abre para o mundo. A minha cabeça fica limpa de pensamentos impuros, de tristezas, e de coisas negativas.

Quando medito a minha mente e o meu coração enchem-se de ideias e pensamentos positivos, consigo estar relaxado e não paro de imaginar coisas fantásticas.

Gosto de meditar quando pretendo estar relaxado, contente, mas sobretudo quando quero descobrir mundos novos.

A minha diz sempre “parece que vives mais tempo no céu que na terra..” porque passo horas e horas perdido na imensidade do céu analisando cada pormenor que o compõe, incluindo os pássaros. Aqui onde vivemos há variados tipos de pássaros, tamanhos diferentes, cantos diferentes, mas essencialmente de cores muitos apelativas.

Para mim isso é divertidíssimo, vê-los cantar e voar em tons diversos mas que se complementam. Numa tarde de outono, sem dar-me conta adormeci no jardim enquanto observava as aves. Naquilo que eu pensava que eram sonhos apareciam pássaros. Uns pousavam nos ramos das árvores cantando, um de cada vez, outros formavam seus ninhos e ainda alguns procuravam comida entre a erva....

Eu observava com muita atenção, pois nunca tinha tido tantos pássaros diferentes e tão perto de mim. Mas, de repente surge do céu um pássaro gigante.

Oh!! Nunca tinha visto uma ave assim!! Parece um papagaio mas ainda maior!!! Ele pousou no solo e então vi como era belo. Sua cabeça era laranja e suas asas verde pistácio com rebordo dourado.... mas fabulosas eram suas patas.... de cor violeta. Ao ver que ele estava tão perto de mim decidi sentar-me para poder vê-la com mais clareza.

Quanto mais o observava, mais bonito me parecia. Que maravilha!!!!

Nesse momento ouvia uma voz que dizia: Nico não estás a sonhar! Quando dormes o teu corpo descansa mas a tua mente viaja por todo o Universo e tudo que pensas ser um sonho é de facto realidade!

(Nico) – mas ..... que é isto?? Não está mais ninguém aqui senão eu!!!

– E nesse mesmo instante ouvi de novo.... Agora estás no mais alto do céu e isso a que tu chamas de erva vais verificar que não é mais que uma nuvem verde...

(Nico) – Outra vez essa voz?!? Pensei..... e escutei uma risada simpática que me dizia.... Nico não te assustes.... sou eu! Esse a quem tu chamas de pássaro de colorido, sou eu que te comunico telepaticamente.... com a minha mente.... e tu ouves aquilo que eu pretendo transmitir-te! Tu escutas aquilo que vai no coração.

(Nico) – Que estranho.... Pensei.... começo a acreditar que o pássaro está mesmo a falar comigo! Vou escutá-lo!

Não Nico, não estás louco. Tu és simplesmente um menino especial, gostas de pássaros e de meditar. Vocês meninos sempre meditais descobris mundos novos e quando dormis viajais por esses mesmos mundos!

(Nico)- Genial!!! Ele fala realmente comigo!! Não sou um pássaro qualquer Nico, sou

uma ave Fénix. Sim esses de que falam os contos que o teu pai te lê quando vais dormir. Chamo-me Alex e mesmo parecendo mais jovem tenho 177 anos...

(Nico) – Tantos???? Como podes ter tantos anos e ser tão bonito????? Verás Nico.... As aves Fénix têm um dom, elas renascem de suas cinzas. Quando terminamos as nossas tarefas convertemo-nos em pó mágico que geralmente os adultos chamam de cinzas e delas nasce um novo pássaro e uma nova aventura....

(Nico) – Então significa que tu já viveste muitas aventuras, não é verdade? Tens tantos anos....

Claro!!! A minha tarefa é muito especial. Tenho de ajudar a todos os meninos a acreditar neles mesmos e a criar hábitos saudáveis de vida, como tu! Quando meditamos obtemos bons modos, somos agradáveis com as outras pessoas, lemos, passeamos, pois só assim aprendemos a amar a nós próprios e respeitarmo-nos e a sentirmo-nos felizes. Essa é a minha tarefa.

(Nico) – E que acontece quando acabas a tua tarefa?

Quando vós crianças aprendeis e sentis que sois especiais, compreendeis que o Mundo tem um lugar especial para cada um de vós e que nunca deveis sentir-vos estranhos eu converto-me em cinza e volto a nascer como um pássaro pequeno. Voo pelo Mundo e procuro outra criança a quem ajudar e assim inicio outra tarefa.

(Nico) – Que bonito!!!! És como um professor do céu....

Rindo Alex disse: - Sim Nico, algo assim eu sou.... Tu já estás a acabar a tua importante tarefa, mas agora tens tu também uma importante.

(Nico) – Ai sim??? Eu também tenho uma tarefa especial???

Sim Nico... todos os humanos têm tarefas especiais. Tu aprendeste coisas muito bonitas, interiorizaste valores que te ajudaram a converter num adulto com um excelente futuro. Mas agora, é a tua vez de transmitir os teus conhecimentos aos teus irmãos e amigos.

(Nico) – Isso é muito difícil. Não é nada difícil Nico, uma parte de mim estará sempre contigo para garantir que continues a crescer e a que sempre guardes a esperança. Para ensinar os teus irmãos e amigos tens que usar o amor que guardas no coração e convidá-los a que te acompanhem a realizar algumas tarefas contigo. Tu saberás como fazê-lo!!! Eu confio em ti Nico!!! E tu? Confias em ti???

Nico concentrou-se um pouco, refletiu e disse:

(Nico) – Claro!!!! Se isto me faz sentir bem tenho de compartilhá-lo com todos os amigos e família!!

Ótimo!! Aqui no céu todos somos irmãos e todos nos ajudamos e tentámos ser felizes.

(Nico) – Que bem! Somos uma família!

Então Nico é hora de despertar... Vais lembrar-te de tudo que viveste nesta viagem. Assim, sempre que queiras visitar-me e contar-me as tuas aventuras só tens de pensar em mim antes de dormir e voarás ao meu lado....

Não tive tempo de despedir-me de Alex, pois quando me dei conta já tinha aberto os olhos e estava de volta ao jardim da minha casa, deitado com os últimos raios de sol do dia aquecendo o meu rosto.

Estou muito contente por ter conhecido o meu irmão pássaro, ou melhor dizendo, o irmão Alex. Agora começa a minha aventura. Vou por mãos à obra e ensinar o máximo de crianças que puder, vou falar-lhe de todas estas coisas bonitas e maravilhosas.

Meninos convido-vos a fazer o mesmo: leiam muito, meditai, convivam com a natureza, sorriam..... e vereis que assim sereis felizes!!! Ah!!! Procurai também nos vossos sonhos a ave Fénix!! É uma companheira imprescindível para que as vossas aventuras sejam ainda mais divertidas!!!

FAZENDO MANDALAS COM MAMÂ

Olá! Sou a Mafalda e tenho seis anos, vivo nos Pirenéus com toda a minha família. Somos uma família grande e todos somos muito diferentes, na forma de ser e nos gostos. Eu pessoalmente gosto de estar com a minha mãe.

A minha mãe chama-se Joana é muito moderna e divertida. Adoro estar com ela, ela gosta de me ensinar coisas novas que a maioria dos meus amigos nem sabe que existem! E isso é muito bom, porque passo o tempo com a minha mãe e fazemos coisas divertidas juntas que me fazem sentir muito bem.... eu chamaria de coisas mágicas!

Por exemplo todas as manhãs quando me levanto a minha mãe ensinou-me a agradecer a todo o Universo a oportunidade de tantos momentos especiais. Sim! Ao Universo!

Com o grande que é eu agradeço mil vezes seguidas para que o meu agradecimento chegue lá o mais rápido possível, mas a mamã diz-me que basta agradecer-lhe uma vez se for de coração! A mamã aplica a todos os alimentos que comemos muita energia, pois fá-lo com amor, assim esses alimentos são mais saudáveis fazendo com que o meu crescimento e o do meu irmão Raul sejam saudáveis também. Desta forma nunca nos dói a barriga.

No fim do dia Raul, eu e a minha mamã juntámo-nos sempre na sala mágica para meditar e fazer exercícios de meditação. É divertidíssimo, os anjos falam comigo! E descobri também onde habitam os unicórnios! Ah! Através do terceiro olho vi que em toda a minha casa e no meu jardim haviam muitas fadas de todas as cores e duendes.

A mamã explicou que o terceiro olho é uma porta de energia através da qual consigo ver coisas maravilhosas! E agora chega a altura de explicar-vos o melhor momento do dia: divertido, harmonioso, alegre, criativo..... enche-me de alegria e energia.

Então digo-vos que para mim o melhor momento do dia é pintar Mandalas!

Sim! Sim!! Mandalas! De todas as formas e tamanhos, com muitas cores!!! Que emoção sinto só de pensar! Mas vocês sabem o que são Mandalas??? A mamã explicou-me que Mandalas são figuras geométricas com uma energia muito especial. Quando os estamos a pintar devemos estar concentrados e acompanhados de música de relaxamento. Eu adoro ouvir os golfinhos quando estou a pintar Mandalas!!! 

Podemos pintá-los com todas as cores do arco-íris e muito mais! Simplesmente temos de seguir as simetrias. O meu irmão Raul, que é mais velho que eu explicou-me que pintar Mandalas aumenta a criatividade e promove a concentração em tudo aquilo que fazemos. Assim, todas as tardes, depois de fazer os trabalhos da escola vamos para a sala mágica pintar Mandalas! Alguns fazemos com tecidos coloridos, outros pintamos com os dedos, ceras de cores e inclusive plasticina. Adoro!!

Em seguida decoramos a sala mágica com esses Mandalas! Essa sala tem uma energia harmoniosa, eu acho que é uma energia arco-íris, porque os Mandalas estão pintados com todas as cores do Mundo.

No meu quarto tenho um Mandala muito bonito! Foi um presente da Estrela. Estrela é uma amiga da mamã. Ela dedica todo o seu tempo a fazer Mandalas de todos os tipos! São Mandalas curadores! A Estrela e a mamã dizem sempre que os Mandalas curam as feridas da mente e do coração. Mas que além disso ajudam-nos a estar em equilíbrio, a dormir bem e termos sucesso nos estudos. Ouço-as sempre com atenção quando falam entre elas ou comigo directamente sobre os Mandalas!

O Mandala do meu quarto tem todas as cores do arco-íris, muitas estrelas e também pó das fadas. Tem muito brilho e cor!!!! Oh! O Mandala parece real!!! Adoro sentar-me na cama para observar cada detalhe, vejo a energia que se desprende dele e imagino-me dentro dele.

Sinto que se abrem portas que me encaminham para um lugar mágico onde só existem Mandalas, girando e enviando energia em todas as direcções. Com o Mandala do meu quarto tenho as mesmas sensações que quando estou a pintar.

Vejo como tudo se ilumina, parece um jogo de cores e Mandalas com muitas formas que se movem de um lado para o outro..... é MÁGICO!!!!!

Oh!!! Ter este Mandala no meu quarto faz-me viajar em meditação a lugares muito bonitos. Quando durmo sinto que uma capa de energia das cores do arco-íris acompanham as fadas coloridas para me protegerem e guardarem.

Assim durmo feliz com o coração repleto de amor que o Mandala e as suas fadas me transmitem.

Mateus e a magia do seu sorriso

Olá amigos de todo o planeta!!!

Sou o Mateus e vivo numa localidade do Mundo!

É estranho dizer que vivo numa localidade do mundo e não em algum país em concreto, mas gosto de sentir que não pertencemos a nenhum lugar! Assim podemos viajar por todo o lado, conhecer pessoas sentindo que tudo é o nosso lar. É uma linda ideia pensar assim pois desta forma eu sou feliz tenho muitas casas para onde ir de férias. Sou muito feliz!!!! Adoro andar de um lado para o outro, estar sempre ocupado a fazer coisas bonitas e divertidas. Gosto de me levantar cedo para aproveitar a manhã e faço-o cheio de energia, tenho o canto dos pássaros das árvores do jardim e os raios de sol que entram pela janela para me despertar.

A melodia dos pássaros serve de despertador que vem doce e alegremente me desejar um bom dia. O sol aparece todos os dias, mesmo quando o céu está cinzento. Vem para me recordar que novo dia começa, que estou vivo e cheio de energia para conhecer novos horizontes. Aqui em casa todos se questionam de onde vem tanta energia e tanta vontade de sorrir, pois ainda à alguns meses isso não acontecia.

Uma tarde, quando saía da escola perdi o autocarro das 16h, logo tive de esperar quase uma hora pelo próximo que passava perto da minha casa. Tinha já adiantados os deveres da escola, não sabia o que fazer para passar o tempo.

Como a paragem de autocarro ficava perto de um parque decidi sentar-me para observá-lo, mas não a sua vegetação, as pessoas que lá se encontravam. Via a expressão nos seus rostos, seus olhares, a postura do corpo (a minha mãe sempre me disse que a postura corporal é muito importante), as cores que vestiam... tudo observei tudo.

Ao contemplar as pessoas que passavam na rua naquele momento sentia-me sem energia e angustiado, pois as pessoas estavam tristes. Porquê não havia eu ter reparado isto há mais tempo?? As pessoas vestem-se com cores mortas, andam encolhidos parece que têm frio, seus rostos estão tristes, não sorriem.

Passou muita gente enquanto eu esperava o autocarro e não vi ninguém a sorrir, antes pelo contrário, gente triste, zangada e infeliz. Esta situação fez-me ir para casa em constante reflexão.

Se só numa hora vi tantas pessoas tristes quantas pessoas no Mundo se sentirão assim?? Não gostei de obter uma autorresposta, pois pensei que se o mundo é tão grande logo haverá imensas pessoas assim!

Quando cheguei a casa deitei-me e continuei a pensar, mas neste momento algo incrível ocorreu.... um duendezito apareceu ao meu lado, sentado na minha almofada. Limpei rápido os olhos com as mãos, pensei que estava a sonhar, mas não! Com uma voz cheia de energia ouvi:

- Olá! Eu sou o Fred! O duende que te acompanha desde os teus 2 anos. Sim! Mesmo que tu não me vejas recordo-te que quando eras mais pequenino falavas comigo de forma consciente.

Eu estava espantado... e Fred continuou:

- Tu verás Mateus, hoje comprovaste que em realidade é muito grave, os seres humanos perdem muita energia, entristecem e não sabem como ser felizes. Tu deves ajudá-los, pois tens pureza e magia no teu coração! Mas para isso tens de deixar de queixar-te sem motivo. Tu tens tudo para ser feliz.

- (Mateus) – Oh! Não me tinha apercebido que a minha atitude era como a das outras pessoas Fred!!

- (Fred) – Mateus há muitos motivos para sentir-te rico e muito feliz, tens uma família que te ama, podes ir à escola, tens um lar, respiras todos os dias, a cidade é maravilhosa, os animais e a mãe natureza proporcionam-te paisagens únicas..... Ai Mateus os seres humanos têm motivos diários para serem felizes, para sorrir e vos amardes uns aos outros.

- (Mateus) – É verdade! Não me tinha dado conta!

- (Fred) – Claro que sim Mateus..... a partir de agora aprenderás a valorizar tudo de bom que há na tua vida. As fadas da noite enchem-te de energia positiva enquanto dormes para que acordes muito eneérgico e possas fazer muitas coisas.

- (Mateus) – Ahhhhh

- (Fred) – Então com essa energia toda farás coisas boas não só para ti como agradecer aos anjos por te permitirem despertar a cada dia, mas também que juntos faremos coisas boas para outras pessoas.

- (Mateus) – Coisas juntos???

- (Fred) – Temos que ajudar as pessoas a serem felizes de verdade, de coração. Mostrando-lhes que essa felicidade não a encontrarão em objetos físicos nem gastando muito dinheiro. Dizer-lhes que a felicidade é encontrada nas coisas simples da vida, apreciando as coisas que os rodeia, sorrindo às pessoas, sendo amável e ajudando. É importante que não te esqueças disso Mateus, pois há muitos anos atrás tu eras muito feliz seguindo este pensamento.

- (Mateus) – é verdade..... estava muito más contente e feliz....Posso voltar a ser assim Fred???

- (Fred) – Pois claro que sim!!! Este é o nosso propósito, recuperar a inocente felicidade e transportá-la a todas as pessoas com quem convives.

Depois deste diálogo com Fred comecei a vê-lo a cada momento.

Ele é como um amigo que está sempre ao meu lado, todo o dia. Então essa mudança de que a minha mãe falava iniciou-se.

Comecei a ver a parte positiva de todo o que acontecia, abraçar as pessoas que amo, sorrir sempre a toda a gente e surpreendentemente aquelas pessoas que não sorriam e andavam tristes começaram a sorrir cada vez que eu o fazia.

Estas pequenos comportamentos lucraram grandes mudanças nas pessoas ao meu redor, incluindo na minha família. Todos começamos a exprimir sem restrição aquilo que sentimos e a sentirmo-nos mais felizes.

Isto ajudou-me a viajar mais pelo mundo dos duendes e a conhecer outros como ele e com eles continuei a minha aprendizagem sobre a verdadeira felicidade.

Os duendes dizem sempre:

“Meninos permitam que a magia dos vossos sorrisos encham de felicidade a todo o mundo!"

O jardim das orquídeas Arco-íris

Porquê que os pais escolhem um nome e não outro para os seus filhos? Esta pergunta sempre me pôs a cabeça a andar à roda, mas nunca encontrei uma resposta coerente.

Há nomes muitos bonitos e originais como: Carolina, Daniela, Eloísa.... mas a mim os meus pais deram o nome de Orquídea. Sim, essa sou eu, tenho 8 anos e vivo numa pequena aldeia perto dos Pirenéus.

Aqui toda a gente se conhece, temos hábitos muito saudáveis,  sorrimos e saudamos as pessoas amavelmente. E assim somos todos muito mais felizes.

Os meus pais deram-me o nome de uma flor. Sempre pensei que era um nome muito estranho e por isso sentia-me diferente em relação às outras meninas, elas também troçavam do meu nome. Mas, um dia tudo mudou.

A minha avó Antonela nasceu em Itália e sempre me dizia que eu era muito especial e que o meu nome era perfeito para expressar a magia do meu coração. “Que palavras tão bonitas!!” pensava eu.... “Mas que difíceis de compreender.”

Numa tarde de Verão, a minha avó levou-me a conhecer um lugar que ela descrevia como MÁGICO.... que emoção!! Um lugar mágico!! Fui tão entusiasmada com ela, falando, cantando todo o caminho até que chegamos a um jardim muito bonito.

Os meus olhos esbugalhados brilhavam de emoção!! O jardim estava repleto de cores, pois as suas flores eram preciosas, tinham milhões de cores e formas, eram tão belas que quase pareciam ser pintadas à mão, como um quadro.

Perguntei à avó como se chamavam estas flores... e ela disse-me que o seu nome era Orquídea. “Oh! Fantástico! Essas flores tão bonitas têm o mesmo nome que eu!! Entendo agora a frase da avó Antonela!”

Senti-me tão feliz que só me apetecia saltar, gritar, cantar e abraçar todo o Mundo! Sobretudo à minha doce avozinha.

Queria também conhecer um pouco mais dessas flores e saber porquê os meus pais  tinham escolhido esse nome para mim.

Sentamos as duas nesse jardim maravilhoso, rodeadas pela beleza e energia das orquídeas e assim começamos a falar. A avó Antonela explicou-me que estas são as flores preferidas da minha mãe. E que orquídea significa delicadeza e formusura. Disse ainda que a minha mãe quando eu estava ainda no seu ventre, sentia que eu seria assim tal como elas.

“oh... que privilégio! Começo a pensar que o meu nome é perfeito!!!”

A avó mandou-me observar bem as orquídeas, reparar bem em todas as suas cores, formas e perfumes enquanto ela cantava. Eu fechei os olhos concentrei-me nelas e na canção tão bonita que a minha avó cantarolava.

Pouco a pouco entendi que  algo muito especial estava a acontecer.... Oh! Das flores saem pequenas bolinhas de luz coloridas.. nunca tinha visto antes!!! Uma dessas bolinhas tinha todas as cores do Arco íris e não paravam de se mexer e brilhar!!!

Passou por cima do meu nariz e há medida que se aproximava tomava forma e voz.

Disse-me que era uma fada! Cada vez me sentia mais contente.... ela não era uma fada qualquer! Era a fada mestre do jardim das orquídeas Arco íris, pois era assim que se chamava o lugar onde a minha avó me tinha levado.

Maia era o nome da fada. Ela cuidava do equilíbrio das orquídeas, do bem estar das outras fadas e estudava a cor mais adequada para cada orquídea para que elas possam transmitir a luz, magia e energia necessárias para chegar a todos os corações das crianças de todo o planeta.

Eu estava maravilhada, eram tão doces as suas palavras.... sentia um calor muito agradável por cima do meu nariz..... ela explicou-me que quando os meus pais elegeram este nome para mim, as fadas do jardim das orquídeas Arco íris acolheram-me como se eu fosse uma nova flor. Pois elas eram uma energia pura, tão pura como a que há no meu coração. Por isso, desde que eu nasci, as fadas deste jardim visitam-me cada noite e pintam o meu coração de todas as cores, fazendo com que este brilhe com força e ilumine o coração de todas as pessoas que me rodeiam.

Deste modo, elas consideram-me um dom e os meus pais também. Eu nem sequer me tinha apercebido, os meus pais deram-me um nome que agora eu considero maravilhoso! E permitiram-me ter as fadas do jardim, o dom de alegrar e fazer doce e meigo o coração das pessoas que fazem parte da minha vida. Já imaginaram que maravilha??!! Que grande prenda!!!

Maia é muito doce, sinto como todas as fadas e orquídeas do jardim me acolhem com carinho.

Ela relembrou-me que eu posso visitar este lugar maravilhoso sempre que quiser, seja deslocando-me ao local ou simplesmente fechando os olhos e meditando. Também me fez compreender que a minha avó tinha toda a razão e dizer que eu era especial tal como o meu nome e que por isso tenho de ajudar todas as fadas das orquídeas Arco íris a permitir que todos os meninos encontrem o melhor de si mesmos nos seus corações facilitando também a entrada das fadas.

Despedi-me dela com grande e amoroso abraço, de coração a coração. Depois pouco a pouco abri os olhos escutando ainda a minha avó a cantarolar.

As fadas deixaram-nos uma agradável fragrância no ar como sinal de alegria e contentamento pela nossa visita e companhia.

Foi um dia único, cheio de emoções. Regressei a casa com uma imensa vontade de abraçar os meus pais e muito agradecida à minha avó que me mostrou um novo mundo, um novo lar e uma nova visão de mim mesma.